A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida )

A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 10

Capitulo 10  Ela apertou a mão, de repente perdeu a coragem de abrir a porta e virou–se em direção ao Banheiro.  No fim das contas, casar com qualquer uma servitia, escolhe la não significava que ela fosse especial, mas sim que, desde que não fosse aquela pessoa, qualquer urna bastaria.  Depois de ficar la tora por uns bons minutos, ela se recompos antes de voltar.  Ao abrir a porta, a mesa ja estava posta, e Marcelo Lopes levantou o olhar rapidamente para ela, sem dizer nada.  Patricia Batista chamou–a para sentar–se: “Demorou, hein?”  Flavia Almeida respondeu baixinho: “Desculpa, mãe, de repente me deu um enjoo.”  Patricia Batista pausou, notando que o rosto de Flávia estava pálido e o batom desbotado, e perguntou: “Você está com dor de estómago? Já fol ver o que é?”  “Não, deve ser só a velha indisposição, não é nada, mãe.”  Patricia insistiu: “Depois você deveria ir ao médico, val que é gravidez e a gente confunde com outra coisa, e acaba dando zebra.”  Flavia mal tinha se surpreendido com a preocupação repentina de Patricia Batista com sua saude, mas logo percebeu que era só medo de perder o herdeiro dos Lopes.  Flavia forçou um sorriso: “Tá certo, mãe.”  Sem mais conversa, Patricia Batista voltou a comer, e a familia interagia esporadicamente. Flavia Almeida se sentia como um peixe fora d’água, com um gosto de nada na boca.  Quando um pedaço extra de costela apareceu no seu prato, ela olhou para Marcelo Lopes, que nem a encarou e disse seco: “Se quiser comer algo, é só servir–se.”  Não, ela não era uma estranha all, era apenas uma atriz convidada para aquele banquete familiar, onde ela e Marcelo Lopes simplesmente tiravam proveito um do outro.  Com esse pensamento, ela decidiu entrar na peça: “Vamos lá, quer ver jogo? Eu jogo!”  Então, pegou um pedaço de frango picante e ofereceu aos lábios de Marcelo Lopes: “Amor. prova isso aqui.”  Marcelo Lopes parou por um instante e a olhou com estranheza.  Flávia sorriu doce, com os olhos brilhando.  Ele não gostava de pimenta, e ela fez de propósito para ver como ele se sairia.  Se ele recusasse, estragaria a atuação, e a culpa não seria dela.  Enquanto se deliciava com a situação, Marcelo Lopes se aproximou e mordeu a carne, seus  12:45  Capitulo 10  lábios roçando a ponta dos palitos de Flávia, e depois mastigou dizendo: “Não está ruim.”  Flávia Almeida…  Que cachorro! Que se lasque com a pimenta!  Patricia Batista lançou um olhar para os dois, com um ar pensativo.  Quando a bebida já tinha descido, o celular de Marcelo Lopes tocou, e ele saiu para atender. Aproveitando a ausência dele, Patricia Batista colocou os talheres de lado e perguntou a Flávia: “Flávia, seu estómago está assim há quanto tempo? Você vomitou?”  Será que ela ainda pensava que Flávia estava grávida?  Flávia só pode explicar: “Mãe, eu não estou grávida, minha menstruação acabou de passar na semana passada,”  Parecia que Patricia Batista não estava convencida e voltou a perguntar: “E os remédios que eu te dei, você tem tomado direitinho?”  Lembrar daqueles remédios fez Flávia se sentir enjoada.  Patricia Batista estava obcecada com a ideia de uma gravidez, e Deus sabe por que ela tinha a certeza de que o problema era com Flávia, enchendo–a de remédios e poções para engravidar.  Com Marcelo Lopes e seu desinteresse, que mal a tocava uma vez ao ano, como ela poderia engravidar? Ela não se reproduzia sozinha, e sem a cooperação dele, como ela poderia ficar grávida?  “Tomei sim.“, disse Flávia, sabendo que Patrícia não acreditaria. E acrescentou: “Dona Bruna viu quando eu tomei.”  Aline Lopes soltou uma risada sarcástica: “Ó mãe, não falei? Pode ser o remédio que for, mast se o chão é salgado, de que adianta jogar adubo?”  Patricia Batista lançou um olhar para ela e disse num tom medido: “Não se mete.”  Com um bico, Aline rolou os olhos em desdém.  Patricia Batista então perguntou: “Você se cuidou com o Marcelo?”  Flávia Almeida ficou muda…  Essa pergunta veio sem rodeios, sem um pingo de delicadeza?  Ela respirou fundo e confessou: “Não.”  […]

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 9

Capítulo 9  Flávia Almeida sentiu uma batida forte na testa.  Se não fosse pelo favor que precisava pedir hoje, ela já terla chutado aquele traste pra fora do carro!  Como é que uma pessoa boa acaba com uma boca daquela?  Ela se consolou mentalmente, fingindo que o sujeito ao lado não passava de um cachorro latindo.  Flávia não deu bola para o tagarela ao lado e mandou o texto editado para Pedro, recomendando: “Você pode dar um pulo lá na Rua dos Artistas, na loja ‘Cantinho Aromático“. Eles têm de tudo em tempero, você resolve tudo de uma vez.”  “Beleza, valeu, senhora.”  Como Flávia não deu trela, Marcelo Lopes ficou meio sem graça e calou–se.  Passados uns vinte minutos, chegaram ao restaurante combinado.  Quando Flávia ia sair do carro, Marcelo Lopes segurou seu pulso de repente, e ela, por instinto, tentou puxar de volta.  “Fica quieta!”  Marcelo tinha uma pegada forte, ela mal conseguia se soltar. Estava prestes a perguntar o que ele queria quando sentiu o dedo anelar esfriar, um anel de diamante foi colocado ali.  Ela ficou surpresa por um instante.  Era a aliança de casamento deles. Quando se mudaram da Moradia Reserva do Sol, ela deixou a aliança para trás também.  Essa era a primeira vez que ele the colocava a aliança. No dia do casamento, com a chegada de Antônia Carvalho e a cerimônia inacabada, Marcelo tinha saldo de cena, e ela teve que colocar a aliança em si mesma.  “É só pra minha mãe não perguntar, não pensa besteira.“, Marcelo soltou à mão dela, com uma voz arrogante que trouxe Flávia de volta à realidade.  Ela apertou os lábios, recolheu a mão e disse secamente: “O presidente Lopes se preocupa demais, eu sei o meu lugar.”  Dito isso, ela abriu a porta do carro e saiu na frente.  Marcelo Lopes franzindo a testa, desceu atrás dela com o rosto fechado.  Marcelo tinha uma irmã, Aline Lopes, que acabara de se formar na universidade. Ela tinha ido viajar com os colegas e havia retornado ontem.  Como era a caçula da familia Lopes e perdeu o pai logo cedo, era muito mimada pelos mais  1/3  Capitulo 9  velhos, o que a fez se tornar arrogante e prepotente,  Quando Flávia entrou para a familia, ela realmente tentou se dar bem com a cunhada, tentando agradá–la para melhorar a relação, mas Aline não estava nem al. Ela mostrava uma cara para os mais velhos e outra quando estava só com Flávia,  Os anos passaram e a relação só plorou. Marcelo tinha um fraco pela irmã, o que significaval que Flavia sempre acabaria como a prejudicada.  Pensando bem, mesmo sem Antônia Carvalho, ela e Marcelo nunca terlarn urn ‘felizes para  sempre“.  De origens a valores familiares, nada entre eles combinava.  Levados pelo garçom, chegaram logo ao camarote reservado.  Ao entrar, encontraram Aline conversando com Patricia Batista. Mãe e filha pareciam–se um pouco, mas Patricia tinha um charme que só os anos podiam trazer, uma elegância inata, enquanto Aline parecia muito mais jovem,  Ao ver Flávia, Aline mudou a expressão, mas logo sorriu doce para Marcelo, manhosa: “Irmão! Eu estou quase morrendo de fome, a mamãe insistiu em esperar por você pra servir, demorou  tanto por quê?”  Marcelo deu uma olhada nela e comentou: “Limpa esse óleo da boca, al você vai ficar mais bonita.”  Aline Lopes ficou sem palavras: “…”  “Ah, que saco! E pensar que em todas as minhas viagens eu lembro de você, até trouxe um presente!”  Os irmãos estavam se estranhando quando Patricia Batista interveio: “Chega de discussão,  sentem–se todos.”  Depois olhou para Flávia Almeida: “Flávia, vai até a porta e avisa o garçom para servir a  comida.”  Era um pedido simples, que poderia ser ouvido facilmente por um garçom, mas implicava que ela se levantasse. Era mais uma questão de costume do que necessidade.  Nas reuniões de familia, Flávia sempre sentava na ponta, pois era mais fácil levantar–se e atender às necessidades de todos.  Ela se acostumou com isso e já ia saindo quando Marcelo Lopes a segurou pelo pulso.  Sem olhar para ela, Marcelo disse para Aline Lopes: “Aline, vai lá você e pede também uma garrafa de vinho tinto.”  Aline fechou a cara, contrariada: “Ué, a cunhada não estava indo?”  Marcelo respondeu com indiferença: “Ela não sabe qual vinho a mãe gosta.”  23  12:45 

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 8

Capitulo 8  A ligação, ao ser encerrada abruptamente, fez Marcelo Lopes franzir a testa, num gesto de descontentamento.  A voz feminina ao lado chamou–o novamente: “Marcelo?”  Marcelo Lopes levantou o olhar e a encarou por um breve momento, guardou o celular el respondeu com frieza: “O que quer afinal?”  Antônia Carvalho estendeu a ele uma caixa embrulhada com capricho, falando baixinho e com um toque de timidez: “Eu estava em casa esses dias, sem muito o que fazer, e fiz uns quitutes pra você experimentar.”  Ele não se mexeu, apenas olhou para ela com um olhar inquisitivo: “Tudo isso por causa de uns docinhos?”  Ela sentiu um aperto no coração, segurou firme na caixa, e respondeu com voz baixa: “Não é so isso… eu também queria falar sobre trabalho.”  Ele respondeu sem dar muita atenção: “Deixa as coisas da internet pra lá, passa o Twitter pro teu agente. Em alguns dias, alguém da Criativa Digital Ltda. vai te procurar pra falar de um contrato, ai tu ajuda na divulgação.”  O coração de Antônia se encheu de alegria.  Ela já tinha se oferecido para fazer a dublagem de A Guerra dos Tronos algumas vezes para Marcos Rocha, mas ele sempre dispensava ela rapidinho, o que a deixou irritada por um bom  tempo.  Não que ela estivesse tão interessada na dublagem do jogo, era mais por não querer dar espaço pra “ArtedaFlavia“, se dar bem.  Quando Segredos do Coração estava bombando, ela foi parar nos trending topics algumas vezes por causa da dublagem, dizendo que a atuação dela só se salvava por causa da voz, que sem ouvir o áudio, parecia que estava num teatro de marionetes.  Os trending topics colocaram “Flavia“, num pedestal, e o reconhecimento que ela tanto batalhou pra ter em seu trabalho foi todo pra “Flavia“. Quem não se chatearia?  Pra provar que seus diálogos originais eram bons, ela divulgou vídeos do processo de filmagem com sua voz real, e ainda comprou um trending topic “Antônia Carvalho tem boa dicção“.  Ela achou que isso ia fazer a galera mudar de ideia, mas acabou sendo motivo de chacota.  O público e os críticos de cinema massacraram seus diálogos e atuação, e novamente elegeram “Flavia“, como a estrela.  Ela estava quase explodindo de raiva! Procurava por uma chance de dar o troco, e por sorte ouviu Marcos Rocha conversando com Luiz Barros sobre a dublagem de A Guerra dos Tronos,  1/4  12:45  querendo convidar “Flavia“.  Ela não dava a minima para a dublagem de um jogo, mas se isso incomodava “Flavia“, ela faria de tudo para conseguir o papel.  Com um sorriso por dentro, mas hesitante por fora, ela perguntou: “Presidente Rocha concordou? Parece que ele não gosta muito de mim, se ele não quiser, não precisa insistir,  não quero causar desentendimentos entre vocês.”  Marcelo Lopes a olhou profundamente, um olhar que parecia querer desvendar todos os seus segredos, deixando Antônia com um arrepio na espinha.  Mas ele apenas avisou: “Teu agente chegou.”  Antonia se recompôs e viu seu agente acenando do lado de fora da janela.  Ela pensou em fazer charme para Marcelo Lopes levá–la para casa, mas o assistente dele, Pedro Ribeiro, já havia aberto a porta do carro com um gesto convidativo.  Não tendo como recusar, ela se despediu de Marcelo Lopes e saiu do carro, mas não sem antes lançar um olhar fulminante para Pedro.  “Presidente Lopes, para onde vamos?”  Marcelo Lopes massageou o canto dos olhos, cansado, e respondeu: “Vamos para casa.”  Seu sono estava péssimo nos últimos dias, para ser exato, desde que Flávia Almeida saiu de  casa.  So de pensar naquela mulher, ele começava a se irritar de novo.  Pegou o copo de água, deu um gole e franziu a testa: “Água pura?”  Pedro explicou: “A senhora já tinha acabado com os sachês de chá e ainda estamos pra repor. Depois eu ligo pra ela.”  Marcelo Lopes pausou por um instante e disse secamente: “Não precisa.”  Procurar aquela mulher só significava ouvir coisas que o deixariam irritado de novo!  Ele tomou outro gole da água, pensando que, depois de mais de vinte anos bebendo água pura. não entendia por que agora estava difícil de engolir.  Será que água pura sempre foi tão ruim assim?  Quando chegaram na Moradia Reserva do Sol, Marcelo Lopes salu do carro e Pedro retirou do veículo uma caixa de presente muito elegante, entregando–a para Marcelo Lopes.  *Presidente Lopes, aquela bolsa que o senhor encomendou há dois meses chegou.”  Uma bolsa de mais de três milhões, era como carregar um apartamento no ombro. Seus valores vinham sendo constantemente atualizados ao longo dos anos de trabalho.  “A patroa vai adorar

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 7

12:45  Capítulo 7  “Meu pai, você também tem uma empresa. Qual estagiário recém–contratado dai chega de carrão que custa uma fortuna? Marcelo Lopes pegou aquele projeto de bilhões e até ele encontrava os clientes com um Mercedes que custava mais de seiscentos mil. Por que com ela tinha que ser um carro de um milhão pra cima?”  João Almeida estava irritado: “Cada empresa é um mundo à parte. Você vive no bem–bom, sendo sustentado pela familia Lopes. O que você sabe?”  “Sustentada pela familia Lopes?“, Flávia Almeida torceu a boca: “Não era isso que você dizia quando me convenceu a largar o emprego. E, além do mais, não sou só eu que a familia Lopes  sustenta.  “Poff!“, João Almeida bateu na mesa, furioso: “É só um empréstimo de carro e você me vem com essa de cobrar o passado?”  Beatriz Almeida correu para acalmar o pai: “Pai, você tem pressão alta, não fique bravo. A culpa e minha, não devia ter tocado no assunto. Se a irmã não quer emprestar, deixa pra lá. Não fique chateado com ela.”  Quanto mais Beatriz tentava apaziguar, mais João Almeida desdenhava da própria filha: “Olha so a Beatriz, mais nova que você e muito mais sensata!”  O jantar acabou em desarmonia. Na hora de ir embora, Beatriz Almeida deixou duas caixas de trufas brancas no carro, falando pela janela: “Irmã, o cunhado não veio hoje só por causa do trabalho, né?”  Flávia Almeida lançou–lhe um olhar de lado: “Quer dizer o que com isso?”  Beatriz sorriu: “O carro pode não ter um único dono, assim como os homens.”  Depois de fechar o vidro para ela, Beatriz se afastou.  No apartamento.  Francisca Ferreira avaliou o peso das caixas de presente: “Seu pai não economiza esforços pra agradar a familia Lopes, hein? Você nunca disse pra ele que sua sogra nem olha pros presentes que ele manda?”  “Você acha que se eu dissesse ele pararia de mandar?”  Enquanto todos os canais passavam as novelas de Antônia Carvalho, Flávia Almeida desligou a TV, frustrada por não encontrar nada que quisesse assistir: “Ele só acharia que não escolheu bem o presente e na próxima mandaria algo melhor.”  “E o que você vai fazer com isso?”  Flávia Almeida também não sabia.  João Almeida não confiava nela. Sempre que mandava algo, verificava com Marcelo Lopes se  1/3  12:45  Capitula 7  tinha sido entregue.  Será que deveria passar para Marcelo Lopes entregar à mãe dele?  Pensando na tensão do encontro mais cedo, ela se arrependeu de não ter sido mais paciente. E se Marcelo Lopes guardasse rancor e não a protegesse? Não se pode ser tão radical nos negócios.  Depois de pensar, ela decidiu ligar para Marcelo Lopes.  O telefone tocou por pouco tempo e foi atendido, mas assim que ela ia falar, a linha caiu.  Inicialmente, ela pensou que tinha sido um toque acidental e ligou de novo.  Mas aconteceu como da primeira vez: mal atendeu e a chamada foi encerrada.  Depois de cinco ou seis tentativas, Flávia Almeida percebeu que Marcelo Lopes estava fazendo de propósito!  Que homem canalha! Que rancoroso!  Flávia Almeida não desistiria tão facilmente. Preferia lidar com Marcelo Lopes a ter que  encontrar com Patricia Batista.  Então, ela mandou uma mensagem para Marcelo Lopes: “Presidente Lopes, está aí?”  Dois minutos depois, Marcelo Lopes respondeu friamente com duas palavras: “Não estou.”  Flávia ignorou a resposta e continuou: “Meu pai me deu duas caixas de trufas brancas. Amanhã vou enviar para a sua empresa. Você pode entregar para a sua mãe?”  Marcelo respondeu rapidamente, ainda com duas palavras: “Não ajudo.”  Flávia Almeida perdeu a paciência e botou as cartas na mesa: “Divide a grana, sessenta pra você, quarenta pra mim.”  Marcelo Lopes respondeu com um desprezo que era quase palpável: “Ah, tá.”  Flávia apertou os dentes e jogou sua última cartada: “Então tá, setenta–trinta, você fica com a maior parte, não dá pra baixar mais!”  Marcelo demorou uma eternidade pra responder. Enquanto Flávia quebrava a cabeça sobre se aceitaria um oitenta–vinte, o telefone tocou. Era Marcelo ligando.  Ela atendeu, pressionando o botão com um misto de ansiedade e resignação.  A voz suave de Marcelo fluiu pelo telefone: “Amanhã, me acompanha num evento de boas–vindas pra Aline.”  “Não.”  Ela nem tinha terminado de falar, e Marcelo cortou: “Eu te ajudo,”  Flávia engoliu o resto da frase, murcha, e cedeu: “Tá bom.”  12:45  Capitulo 7  Depois disso, reinou o silêncio. 

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 6

Capítulo 6  Depois de encontrar Flávia Almeida, Marcelo Lopes perdeu o interesse pelo negócio e não demorou muito pra cair fora.  Marcos Rocha mal tinha voltado pro saguão quando viu Luiz Barros descendo as escadas. Ele deu uma olhada ao redor e perguntou: “Onde está a Flavia? Ela não desceu contigo?”  “Ela já foi faz um tempo, você não a viu lá embaixo?”  Marcos Rocha ficou bolado.  Ele olhou pra recepção e o atendente cochichou: “Aquela que acabou de sair do elevador, umal gata, que te cumprimentou com a cabeça.”  Marcos Rocha se tocou!  Flávia Almeida era a ArtedaFlavia?!  O mundo parecia estar zoando. A patricinha de Marcelo Lopes, aquela que vivia se exibindo e mostrando seu luxo no Facebook, era na verdade uma dubladora de primeira linha.  Então, Marcelo Lopes tinha tirado o trampo da própria esposa e passado pra Antônia Carvalho?  Essa história tava ficando boa!  Luiz Barros notou a cara dele e franzindo a testa, soltou: “Tá matutando o quê, com essa cara de quem está aprontando?”  Marcos Rocha sorriu de canto e soltou: “Segredo.”  “Marcelo Lopes, aquele otário! Quem quer essas tralhas que você dá? Guarde seu dinheiro pra tratar da sua doença! Não estou nem aí!”  Quanto mais Flávia Almeida pensava naquela conversa com o ex, mais ela se irritava. Mexendo no celular, ela viu um anúncio de uma clinica de fertilização e parou por um momento antes de marcar uma consulta.  Ela tinha acabado de preencher as informações quando o celular tocou.  Ao ver quem era, suas sobrancelhas se franziram e ela atendeu com desdém.  “Oi, pai.”  “Onde você tá?”  Sem ter certeza do que João Almeida queria, Flávia Almeida mentiu: “Tô na aula de personal, aconteceu alguma coisa?”  “Não, nada demais. Quando terminar a aula, passa aqui com Marcelo. Um amigo me trouxe  1/3  12:44  Capitulo 6  uns trufas brancas e sua sogra adora isso. Venham pegar.”  Ela tinha vivido 26 anos e poderia apostar que João Almeida nem sabia do que ela gostava, mas sabia certinho o gosto da sogra. Era irónico.  “Ta ban.  Depois que ela concordou, João Almeida relaxou, perguntou mais umas coisas por educação e desligou.  Flávia Almeida foi buscar seu Porsche Cayenne na concessionária. Esse tinha sido o dote quel a familia Almeida tinha dado quando ela casou. Custou mais de um milhão e, apesar de ter trocado o para–choque, não dava pra notar o quão grave tinha sido o acidente anterior. Só de pensar já dola o coração.  Ela sabia que, depois do divórcio, aquela seria provavelmente a única coisa que la sobrar pra ela, Pensando nisso, Flávia Almeida se arrependeu de não ter saído com o Bugatti de Marcelo Lopes naquele dia. Se não furasse o pulmão do cara, ao menos furava o bolso dele!  Pra que sua mentira parecesse mais real, ela fez questão de ligar pro personal e marcar uma aula extra.  Depois de enrolar até as seis da tarde, foi finalmente rumo a casa dos Almeida.  Chegando lá, se ajeitou rapidinho e apertou a campainha.  Quem abriu foi Beatriz Almeida, a filha adotiva da familia. Com um sorriso radiante, ela chamou: “Mana, por que demorou tanto?“, e olhando pra trás perguntou: “E o cunhado?”  “Ele teve uma reunião de última hora e não pôde vir.”  A cara de Beatriz Almeida caiu visivelmente e ela reclamou: “Poxa, por que não avisou antes?”  Flávia olhou para Beatriz, que estava toda arrumada, e perguntou: “Se arrumando à noite, tem encontro marcado?”  Beatriz ficou tensa e desviou o olhar, murmurando: “Não, só treinando a maquiagem.”  Flávia Almeida já tinha entrado na casa um passo à frente, e Beatriz Almeida, com um aperto no coração, seguiu–a.  João Almeida, certo de que Marcelo Lopes apareceria, mandou preparar um banquete, mas só Flávia Almeida deu as caras, deixando a expressão de João Almeida um tanto quanto fechada. Ele fixou o olhar em Flávia Almeida, tentando decifrar seu semblante.  Flávia Almeida mantinha a pose, sem deixar nada transparecer, e até João Almeida, que era um velho lobo do mar, não conseguiu de imediato distinguir verdade de mentira nas palavras dela. Após um longo momento, ele disse: “Bora comer.”  Flávia Almeida suspirou aliviada, pois, antes de ter o divórcio nas mãos, não podia deixar João Almeida desconfiar de nada, senão a coisa poderia ficar feia.  12:45  Capitulo 6  No imenso salão de jantar da familia Almeida, apenas os très ocupavam a mesa.  Desde pequena, Flávia Almeida nunca fol chegada a João Almelda. Depois que sua mãe, Fernanda Nunes, sofreu um acidente e ficou em estado vegetativo, o relacionamento deles só piorou. Até que ela casou com Marcelo Lopes, e a colsa melo que deu uma esfriada, mas só por cima, só de fachada.  Sem Marcelo Lopes, pai e filha pareciam mais estranhos ligados por sangue do que parentes. Por outro lado, Beatriz Almeida, a filha adotiva, tinha com ele uma relação que parecia mais de pai e filha de verdade.  Beatriz Almeida era doce e esperta, e na mesa de jantar, sempre soltava uma piada para alegrar João Almeida. Flávia Almeida achava aqueles gracejos um porre, mas João Almeida sempre dava uma gargalhada, acompanhando a filha. 

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 5

Capitulo 5  Assim que ela apertou enviar, no segundo seguinte, foi chutada do grupo.  “Viajando na maionese?”  O som de duas batidas na mesa a trouxe de volta à realidade. Um homem de boa pinta apolava os cotovelos no balcão do bar e, com um sorrisinho maroto, ergueu o queixo, provocando: “A gente está te pagando pra ficar no mundo da lua?”  Era Marcos Rocha, o patrão da loja ao lado e também chefão da Criativa Digital Ltda.  A recepcionista conhecia bem o temperamento de Marcos Rocha e não se intimidava: “O chefe também vive sumido o dia todo.”  “Olha só, a linguaruda!”  Marcos estava prestes a flertar com a recepcionista, quando um pigarro inoportuno soou atrás dele. Ele congelou, e sua expressão brincalhona deu lugar a uma seriedade forçada: “Onde está o Luiz Barros? Diz pra ele descer aqui.”  “O Diretor Barros está fazendo teste de voz com os atores.”  “Teste de voz?“, Marcos Rocha se surpreendeu: “A Flávia chegou?”  A moça assentiu.  Uma faísca de entusiasmo brilhou nos olhos de Marcos, mas ao avistar a cara fechada de Marcelo Lopes, ele engoliu a alegria e falou sério: “Liga pra ele, preciso falar um negócio.”  Não demorou e a chamada foi atendida. Marcos colocou no viva–voz: “E ai, Barros. Como foi o teste? Se não tiver dado certo, tenho um ator aqui com a voz que é uma beleza.”  “Não precisa, já testamos e o contrato está fechado.”  O contrato nem estava redigido, mas Luiz Barros captou a dica. Marços respirou aliviado e fingiu indignação: “Assinar um contrato desse porte sem me consultar? Quem é que manda aqui?”  A ligação foi encerrada sem mais delongas e Marcos praguejou: “Esse Luiz Barros não me respeita mais!“, E, virando–se para Marcelo com um ar de impotência, disse: “Tá ouvindo, né? Já assinaram. Na próxima atualização a gente vê. Se aparecer um papel que encaixe, a gente coloca ela.”  A Guerra dos Tronos era o xodó da Criativa Digital Ltda., e ele não queria ver Antônia Carvalho estragar tudo.  Marcelo lançou um olhar indiferente e propos: “Pago o dobro da multa pra ela desistir do papel. No projeto Vila Portal da Lua, te dou três por cento.”  Capitulo 5  Marcos Rocha, sério, estudou Marcelo por instantes: “Tá falando sério?”  Marcelo respondeu com o olhar.  “Esses favores todos pra ela… começo a acreditar no que dizem por ai.”  Marcelo so se importava com o resultado: “E então?*  “Vou pensar.”  Marcelo la falar mais, mas o elevador se abriu e lá estava ela. Flávia Almeida hesitou por um instante antes de desviar o olhar e sair.  Ela cumprimentou Marcos com um aceno de cabeça e se dirigiu à saida.  Marcos hesitou: “Sua mulher não te viu, não?”  Marcelo Lopes, com um semblante carregado, ignorou Marcos e foi atrás dela.  Quando alcançou a rua, Flávia já esperava um carro. Com o cabelo preso, estilo “rabo de cavalo“, curto e delicado, ela checava o celular sem perceber a aproximação.  “O que você está fazendo aqui?”  A voz soava acusatória e fria.  Flávia, que já não estava no melhor dos humores desde cedo, respondeu com ironia: “Se você pode estar aqui, por que eu não posso?”  Marcelo Lopes soltou um risinho irônico: “Ainda está nessa de me seguir?”  Flávia Almeida franziu a testa, quem ele pensava que era?  Ela ficou quieta, e Marcelo ficou mais certo da sua ideia, até se sentindo um pouco melhor. mas ainda assim falou com frieza: “Quer saber por onde ando, é só me ligar, não precisa dar tanto rodeio.”  Flávia segurou a onda, mas não deu: “Marcelo Lopes, ninguém nunca te disse que você é cara de pau? Quem está te seguindo? Eu sai do elevador pra te seguir? Eu troquei uma palavra com vocé? Quem é que veio atrás, afinal?”  Marcos Rocha, escondido e ouvindo tudo, não aguentou e soltou uma risada.  Marcelo Lopes lançou um olhar fulminante na direção dele, e o outro sumiu na hora.  Ele perguntou com a cara fechada: “E por que você está aqui então?”  Flávia olhou para ele com desdém e respondeu, ainda mais cortante: “E o que isso tem a ver com você?”  Marcelo piscou forte, sentindo que a discussão la recomeçar. Engoliu a raiva e disse duro: “A Aline voltou, a mãe quer que a gente vá jantar lá amanhã.”  “Ah.“, Flávia falou sem se importar: “E o que eu tenho a ver com isso? A gente está prestes a se divorciar, não preciso mais fingir de casal feliz pra sua familia, né?” 

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 4

Capítulo 4  “Ah, senhor? O senhor ainda não levantou.”  “Então vai lá no quarto e acorda ele!“, Flávia Almeida estava começando a ficar irritada.-  Depois de um silêncio que pareceu uma eternidade, uma voz grave de homem respondeu: “O que foi?”  A pergunta veio tão natural, e a voz ainda carregava aquela rouquidão de quem acabou de acordar, que por um instante Flávia Almeida pensou estar sendo mesquinha.  Ela apertou os lábios, respirou fundo e disse: “Daqui a alguns dias, eu vou te mandar uma lista de onde suas roupas vão estar, espero que você não me ligue mais por causa dessas bobagens!”  “Bobagens?“, Marcelo Lopes deu uma risada de desprezo: “Flávia Almeida, essas ‘bobagens‘ não são o que você mais gosta de fazer? Até qual cueca eu uso você quer controlar, sua vida não se resume a isso?”  Flávia Almeida sentiu um aperto no peito, seus dedos se fecharam com força, e seu coração começou a doer intensamente.  Era diferente saber o que ele pensava dela e ouvir com seus próprios ouvidos.  Mesmo o coração mais duro não pode permanecer indiferente quando é tratado assim.  O silêncio tomou conta da ligação, ninguém falou nada por um tempo.  Depois de um longo momento, Flávia Almeida falou com a voz rouca: “Realmente, não é grande coisa, então eu não vou me meter mais, assina os papéis e cada um segue o seu caminho.”  A conversa voltou para o divórcio, e Marcelo Lopes sentiu sua raiva ascender novamente: “Já acabou o teatro?”  Flávia Almeida deu uma risada irônica e disse: “Eu tenho algum direito de fazer cena?”  “Você vai se arrepender!”  Depois de jogar essa frase no ar, Marcelo Lopes desligou.  Flávia Almeida forçou um sorriso, sua gentileza e dedicação não passavam de uma piada para ele.  Talvez enquanto ela escolhia meticulosamente suas roupas para cada ocasião, ele a observava com desprezo.  O que poderia esperar de uma mulher que só se preocupava com as trivialidades da vida diária, como comer e se vestir?  Até ela mesma se sentia insignificante.  12:44  Capitulo 4  “Senhor, o senhor vai usar essa roupa?”  A empregada perguntou cautelosamente.  Ela já tinha visto os dois discutindo antes, mas dessa vez parecia muito mais sério. Nunca tinha visto ele tão irritado, falando de forma tão agressiva.  Marcelo Lopes olhou para o closet, onde a maioria das roupas era de Flávia Almeida.  Estão se divorciando e nem levou todas as coisas, isso é jeito de quem quer se separar?  Marcelo Lopes puxou o canto da boca com desprezo e disse secamente: “Vai naquela que ela falou.”  Assim que terminou de falar, o telefone tocou.  Ele pegou o celular e, enquanto se afastava, atendeu: “Presidente Lopes, temos um problema com a Srta. Carvalho.”  Uma colisão traseira no viaduto, com onze mortos, nove desaparecidos e mais de sessenta feridos de gravidades variadas, era um dos maiores acidentes de trânsito em Cidade Vianal nos últimos vinte anos.  O acidente já tinha acontecido há mais de vinte e quatro horas, e o trabalho de resgate no rio Rena continuava. O país inteiro acompanhava, rezando por sobreviventes, enquanto os fãs de Antonia Carvalho brigavam na internet com quem criticava.  Tudo começou porque alguém postou um vídeo do local do acidente, mostrando Antônia Carvalho saindo ilesa do carro e sendo levada numa maca, enquanto pessoas gravemente feridas ainda não tinham sido socorridas.  Essa discrepancia era muito evidente, e alguns começaram a questionar por que os levemente feridos estavam sendo socorridos antes dos gravemente feridos, questionando se havia abuso de privilégios por ser famosa.  Os fãs de Antônia Carvalho não deixaram barato, atacando os criticos e fazendo denúncias, gerando uma batalha nas redes que chegou a ponto de irritar os demais usuários, que reagiram com uma contraofensiva feroz.  Antônia Carvalho e sua equipe deram uma verdadeira aula de esperteza ao capitalizar um acidente de trânsito para promover um romance, incentivando os fãs a fazerem alarde nas redes sociais e a aproveitarem de maneira indevida dos privilégios no local do socorro. Até mesmo fofocas sobre um passado duvidoso de Antônia como amante de alguém vieram à tona…  A intensidade do escândalo foi tão grande que rapidamente alcançou os primeiros lugares dos trending topics.  Francisca Ferreira soltou uma risada sarcástica e disse para Flávia Almeida: “Ela gosta tanto de aparecer, né? Pois vamos dar a ela uma exposição que ela vai se lambuzar!”  Flávia Almeida, com os olhos fixos na tela, murmurou: “Será que eu já não vi esse perfil de  2/4  12:44  quem to a denuncia em alum hrdar?”  Francisca Ferrera hesitou por um instante: “Esse tipo de foto de perfil está cheio por al, não é  ada demais, Audando de assunto perguntou E você, qual é o plano para hoje?”  Flavia Almeida levantou a cabeça Primeiro tenho teste na Criativa Digital Ltda., depois you pegar o carro bora Auto?  kunto?” 

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 3

Capitulo 3  Francisca Ferreira tol acordada de um sono profundo pelo som insistente da campainha. Ao abrir a porta, deparou–se com Flavia Almeida apolando–se com uma mão na alça de sua mala de rodinhas.  Com um sorriso discreto e voz melodiosa, ela perguntou: “Posso ficar por aqui um tempor  Francisca entregou the uma Coca–Cola gelada, e enquanto Flávia a segurava, ela deu um tape na propria testa: “Ai, que cabeça a minha, você não toma refrigerante, né? Vou pegar um leite pra você.”  “Deixa, esta tranquilo,, respondeu Flávia, abrindo a lata e dando um gole: “Não tem nada que eu não possa beber,”  Antes ela evitava, pensando em engravidar; cigarro, bebida, refrigerante, qualquer coisa mais forte era proibida. Mas agora, com o divórcio à vista, quem se importa? O negócio & curtir a  vida.  Essa história de engravidar? Que Marcelo Lopes, aquele inútil, se vire sozinho!  “Você esta falando sério que vai se divorciar do Marcelo Lopes?“, perguntou Francisca, sentando–se no outro lado do sofá, melo incerta.  “É, sim.“, Flavia pausou por um instante, continuando: “Ele voltou com a Antónia Carvalho.”  Francisca não se segurou e soltou os cachorros: “Essa ai não tem vergonha na cara? No dia do casamento ela já fez escândalo, e agora, três anos depois, aparece de novo? Será que não tem mais homem no mundo? Só quer ficar agarrada em homem casado?”  “E o Marcelo Lopes, aquele cachorro, até cachorro sabe que tem que escolher a merda mais fresca pra comer, e ele fica obcecado por um monte de bosta velha?”  Flavia ficou sem reação.  Quem, afinal, ela estava xingando?  Francisca deu uma tossida: “É só um ditado, não liga pros detalhes. Eles estão juntos e você vai deixar barato? Por que você tem que facilitar a vida desses dois trastes? Ela quer bancar a santinha, você tem que arrancar essa máscara e mostrar pra todo mundo quem ela é de verdade! Que santinha o qué, é amante e ponto!”  “E dai? Eu vou deixar todo mundo saber que meu casamento desabou, que eu sou uma mulher que nem consegue segurar o próprio marido?“. Flávia suspirou: “Esse casamento já foi um fracasso, não quero me humilhar ainda mais na hora de sair, sem um pingo de dignidade.”  “Isso é que é dar mole pra eles!”  Francisca estava claramente indignada, mas Flávia tentou acalmá–la com um sorriso: “Na verdade, está tudo bem. Nesses anos de casada, o Marcelo até que não me tratou mal Olha essas joias e bolsas, antes eu nem sonhava em ter algo assim, pensar que não vou mais usar  até dá uma do.”  Francisca não concordava nem um pouco.  Flávia tinha entrado na Universidade T de Cinema com notas altissimas em cultura e performance. Linda e talentosa, sempre foi a primeira em sua especialidade e arrasava em tudo.  Todos os professores acreditavam que ela tinha um futuro brilhante pela frente.  Se ela não tivesse casado logo após se formar e deixado de lado a carreira de atriz por causa da familia Lopes, já estaria famosa agora. Joias e bolsas não seriam nada perto do que poderia ter conquistado.  “E agora, qual é o plano?“, perguntou Francisca.  “Vou descansar uns dias, me organizar, e ver se consigo um trabalho de dublagem em ‘A Guerra dos Tronos“,“, respondeu Flávia.  Francisca sugeriu: “Já pensou em sair dos bastidores e ir para frente das câmeras?”  Flávia hesitou: “Faz três anos que não atuo, nem sei se ainda dou conta.”  “Você só não esteve em frente às câmeras, isso não significa que perdeu o seu talento. Só del dublagem você já acumulou quase dez milhões de fãs! Dublar também exige entrega emocional, sabia? Hoje em dia, tem ator que nem consegue passar no básico e ainda assim faz sucesso. Você é bonita e tem talento, tem medo de quê? Mesmo que não vire uma superestrela, se sustentar vai ser moleza.”  Pois é, mesmo que a carreira de atriz não desse certo, com a fama que ela tinha no mundo da dublagem, já era mais que suficiente para viver sem apertos, com um plano B sempre em mãos. Por que não tentar?  E além do mais, ela realmente amava atuar.  Renunciar aos seus interesses por causa do casamento tinha sido a decisão mais estúpida da sua vida.  Sorte que ainda dava tempo de mudar isso.  Os dois ficaram de papo até altas horas, até que a Francisca Ferreira, bocejando sem parar, foi praticamente expulsa pela Flávia Almeida para o quarto.  Ela se ajeitou no sofá, achando que a insônia ia pegar, mas capotou rapidinho..  Só que não durou muito, o celular começou a tocar sem parar, acordando–a.  Ela atendeu ainda meio zonza: “Alo?”  A voz trémula da empregada veio do outro lado da linha: “Senhora, onde a senhora colocou aquela camisa azul do senhor?”  A Flávia Almeida, ainda com a cabeça pesada, respondeu por instinto: “No segundo andar, no  2/4  12:44  Capitulo 1  guarda–roupa do lado leste, segunda seção da esquerda.”  Silêncio do outro lado, até que a empregada falou de novo: “Eu já procurei tudo aqui e não achel.”  “Impossivel, eu que passei e coloquei lá com as próprias mãos. Pergunta pro Marcelo Lopes se ele mexeu.”  A empregada falou baixinho: “O senhor disse que não mexeu, senhora. Melhor a senhora vir dar uma olhada.”  Nesse momento a Flávia Almeida Já estava completamente acordada.  Ela tinha certeza, o Marcelo Lopes estava all, parado perto da empregada. Ela sabia exatamente em qual seção estava cada peça de roupa dele, como poderia não estar lá?  “Se não achar, procura direito, a casa dos Lopes não tem tantos guarda–roupas assim. Olha um por um, se não achar, que ele coloque outra!” 

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 2

Capítulo 2  O calor sibilava perto do ouvido, trazendo consigo uma temperatura ardente que deixava as pontas das orelhas de Flávia Almeida em chamas. No entanto, seus lábios estavam pálidos pelo hematoma que se espalhava pelo abdômen, causando uma dor lancinante.  Ainda bem que a luz estava apagada, ele não podia ver.  Ela ergueu a cabeça e deu um beijo no pescoço de Marcelo Lopes. Ele respirava de forma desordenada e seus olhos escureceram ainda mais. Ele baixou a cabeça e mordeu o pescoço dela. No segundo seguinte, ouviu–a dizer com uma voz indiferente: “Hoje é meu dia de ovulação, está na hora de entregar o trabalho.”  Marcelo Lopes congelou, o desejo em seus olhos se dissipou instantaneamente e sua expressão se escureceu, sua voz carregada de irritação: “É só nisso que você pensa?”  Flávia Almeida fixou o olhar no teto, o calor em suas orelhas desaparecendo gradualmente: “Sua mãe não para de me apressar, e não é uma coisa que eu possa fazer sozinha, a não ser que você doe seu esperma, e eu faça uma fertilização in vitro.”  Com sarcasmo, Marcelo Lopes retrucou: “É ela que está pressionando ou você está com medo. de perder o seu lugar como Sra. Lopes e quer garantir sua posição com um filho?”  Seu coração apertou, mas a expressão de Flávia Almeida não mudou, apenas sorriu levemente: “É, tenho medo de você me deixar e quero ter algo que nos una.”  Marcelo Lopes abotoou a camisa e a olhou com desdém: “Não faça joguinhos comigo, eu não quero ter filhos.”  O sorriso de Flávia Almeida se tornou rígido e quando ele estava saindo, ela o chamou: “Marcelo Lopes, você não quer ter filhos ou é comigo que você não quer ter filhos?”  Ele parou por um momento e respondeu friamente: “Tem alguma diferença?”  A mão de Flávia Almeida se fechou em punho: “Se não tem diferença, qual o sentido do casamento? Vamos nos divorciar!”  “Como quiser!”  Ele deixou essas palavras para trás e saiu batendo a porta.  Flávia Almeida atirou o travesseiro na porta, seus olhos se enchendo de lágrimas.  No dia seguinte, Marcelo Lopes voltou da corrida matinal e sentou–se à mesa do café da manhã para ver seus e–mails.  O café da manhã esfriava e ele não se mexia.  A empregada perguntou: “Senhor, quer que eu esquente de novo?”  Marcelo Lopes olhou para o relógio e franziu a testa: “Chame–a para descer e comer.”  Não demorou muito para a empregada voltar as presses Servor, a series deixou… isto,”  “O que?“, ele perguntou enquanto pegava o papet  A palavra “acordo de divorcia‘, saltava aos olhos.  Ele fotheou o documento com o rosto tenso, e ao ver que os bens seriam divididos igualmente, ele riu tronicamente: Ela é bem audaciosal  Mas ao ter o motivo do divorcio, o riso desapareceu, Estava escrito apenas uma frase i a incapacidade reprodutiva de marido, que impede uma vida conjugal normal, a relação ess encerrada.”  Ele ficou sério e pegou o celular para ligar para Elávia Almeida.  “AID.”  A voz tria da mulher velo do outro lado da linha, soando odiosa.  Ele perguntou entre dentes: “O que isso significa?”  “O que esta escrito“, respondeu Flávia Almeida, indiferente: “Depois que você assinar, me avisa que vamos rasgar a certidão de casamento e cada um segue sua vida.”  Marcelo Lopes sentiu uma vela pulsar na testa: “Eu estou perguntando sobre o motivo do divorcio!”  Ela ficou em silêncio por um momento: “Uma vez a cada três meses, você acha normal? Marcelo Lopes, tem uma coisa que eu queria te dizer faz tempo, quando tiver um tempo, passa no urologista. Sua mãe me enche de chá de ervas todo dia, eu posso beber quanto for, mas se não funciona contigo, de que adianta?”  “Flavia Almeida!”  Ela desligou, sem lhe dar chance de desabafar.  Marcelo Lopes ficou com uma expressão terrível, e a empregada, assustada, mal conseguia respirar. A senhora sempre foi tão dócil e compreensiva, como é que de uma hora para outra resolveu se divorciar? E afinal, o que ela disse para deixar o senhor tão furioso?  Depois de falar, Flávia Almeida sentiu uma onda de alívio tomar conta do seu ser; pela primeira vez, percebeu o quanto tinha se sentido oprimida na casa dos Lopes nos últimos très anos.  Mas essa sensação de liberdade durou pouco. Naquela mesma noite, o gerente do hotel bateu à sua porta, explicando com toda a educação que ela não poderia mais permanecer naquela Suite.  O motivo era que ela estava usando um cartão exclusivo da familia Lopes, e agora que o cartão havia sido bloqueado, ela não tinha mais o direito de usufruir daquela suite luxuosa.  Flávia Almeida ficou sem palavras.  “Claro, a senhora pode continuar hospedada conosco se desejar renovar a sua estadia por conta própria. Será um prazer tê–la aqui. Deseja renovar, senhora?“, disse o gerente. lembrando que, nos negócios, não se deve recusar dinheiro.  Flávia Almeida apertou os lábios, convencida de que aquilo era uma vingança premeditada de Marcelo Lopes.  Desligar o telefone pela manhã e bloquear seu cartão à noite, uma mesquinharia tipica de quem não deixa passar uma. Como pode ter sido tão cega a ponto de se apaixonar por alguém assim?  “Vamos renovar“, ela disse secamente.  “Por quanto tempo deseja renovar?”  “Por um mês.”  “Certo, o total fica em cento e dezesseis mil e seiscentos reais. Se não ficar os trinta dias completos, cobraremos uma taxa de cancelamento de trinta

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A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida ) Capítulo 1

Capitulo 1  A Flavia Almeida, no número 23, procurou por noticias dos seus, mas nada. Já tinha perdido a conta de quantas vezes a enfermeira a apressara. Olhou para o celular e mais uma vez, a chamada para Marcelo Lopes cala no vazio.  Foi um baita acidente, na rodovia do contorno norte, là em Cidade Viana, Uma batida em sequência culminou com um ônibus caindo no rio, Várias pessoas se machucaram e foram levadas pro hospital. Os parentes lam chegando aos poucos, 50 05 dela que ainda não haviam chegado.  Aquela visão de destruição ainda tava fresca na memória dela, mas o medo não superava o trio que sentia no coração naquele momento.  Pensou consigo mesma, se ela tivesse morrido naquele caos, será que não teria ninguém pra cuidar do seu corpo?  “Sra. Almeida?”  Ela voltou à realidade, a pele pálida contrastando com as manchas de sangue que tinha no corpo. Com a voz rouca, mas ainda mantendo a compostura, perguntou: “Desculpe, ele deve estar ocupado. Posso assinar eu mesma?”  A enfermeira pediu desculpa, mas explicou que sem um familiar, o melhor seria ela ficar em observação no hospital, por causa da concussão: “Temos que zelar pela sua vida.”  Flávia apertou os lábios e disse que la tentar de novo.  Ela saiu do quarto com o celular na mão, enquanto duas enfermeiras passavam com um carrinho de equipamentos. Flávia se esquivou para dar espaço e ouviu uma delas comentar: “Sabe quem está no leito dezesseis?”  “Quem?”  “Antônia Carvalho, a estrela! Aquela da novela que bombou, ‘Segredos do Coração“!”  “Meu Deus! Ela se machucou muito?”  “Uns arranhões no braço, nada demais. Mas sabe como é, estrela que é estrela, tem que set cuidar, né? Se eu fosse tão linda, faria seguro até da sombra!”  “E eu vi o namorado dela, aquele que saiu nas fotos com ela na Moradia Quintas do Lago.”  Flávia parou de caminhar.  “Um gato, e pelo jeito rico. E o cara é super dedicado com a Antônia, veio correndo assim que soube do acidente, conseguiu acesso total ao hospital, está lá o tempo todo. A gente se pergunta, por que tem gente que já nasce feito na vida, né?”  As vozes se afastaram, e a Flávia apertava o celular com tanta força que os dedos ficaram brancos.  Capitulo 1  Lá fora do quarto dezesseis, Marcelo Lopes conversava com o empresário da Antónia. De  longe, Flávia não podia ouvir nada, mas sentia como se ele estivesse lá por causa do acidente da Antônia.  Ela ligou para Marcelo.  Ele hesitou, depois atendeu com um suspiro de irritação: “O que foi?”  “Onde você tá?”  Ela tentou esconder a fragilidade na voz, mas ele nem notou e respondeu: “Na empresa.”  “Desde quando a familia Lopes começou a investir em hospitais?”  Marcelo parou, com uma expressão fechada: “Você está me seguindo?”  Ela quase riu, mas sentiu os olhos marejarem. O desdém dele a sufocava.  “O presidente Lopes está se achando. Vi na TV, tinha um cara parecido contigo. Só isso.”  Marcelo soltou um “Que saco“, e desligou, entrando no quarto de hospital.  A Flávia deu um sorriso amargo. Era mesmo uma palhaçada. Tinha visto tudo e ainda assim, ligou só pra passar vergonha.  Flávia Almeida acabou sendo levada por Francisca Ferreira, já que não tinha parentes pra contactar e preferia não incomodar os amigos. Ninguém curte expor a vida pessoal, se estiver bagunçada, na vitrine pra virar motivo de piada ou pena.  “E o Marcelo Lopes?“, perguntou Francisca Ferreira.  “Deve está na empresa.“, Foi o que ele disse.  Francisca Ferreira soltou um xingamento enquanto segurava o volante: “Cachorro! A mulher se acidenta e o cara nem aparece. está juntando grana pra quê? Pra comprar caixão?”  Flávia Almeida tirou sarro: “Talvez seja pra comprar o meu caixão.”  Francisca Ferreira a encarou: “Você ainda tem coragem de brincar? Tinha até carro com defunto atrás de nós!”  “Pois é.”, Flávia baixou os olhos e suspirou baixinho: “quase bati as botas…”  Francisca tava com pressa e deixou Flávia em casa rapidinho.  Chegando em casa, Flávia deu um oi pra babá e subiu pro quarto.  Depois de um banho, o acidente que rolou na rodovia de contorno do norte já era notícia quente. Só que a fofoca girava mais em torno da Antônia Carvalho.  Enquanto os veículos oficiais comentavam a gravidade do acidente, a mídia de fofoca focaval sobre o namorado misterioso da Antônia Carvalho. 

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