Capítulo 35
Carolina estava sentada no canto do sofá, abraçando uma garrafa de vinho e chorando. Sua maquiagem já estava borrada, com rastros de lágrimas nas maçãs do rosto e cílios emaranhados ao redor dos olhos. Ela parecia completamente desgrenhada.
Renata se aproximou e sentou ao lado da Carolina, tirando a garrafa de vinho nas suas mãos.
– O que aconteceu? E onde está seu namorado? – Perguntou Renata.
Talvez a palavra “namorado” tinha tocado Carolina profundamente, pois ela começou a chorar ainda mais intensamente, soluçando enquanto tentava falar:
Aquele canalha… eu o mandei embora…
Pelos relatos de Carolina, Renata finalmente entendeu o que aconteceu. Hoje, o namorado de Carolina a
convidou para jantar, e ela achou que seria uma comemoração de aniversário, mas, para sua surpresa,
ele queria terminar o relacionamento: O motivo foi que o antigo amor de faculdade dele voltou ao pais e
ele decidiu retomar o relacionamento com ela.
Após ouvir tudo, Renata deu uma leve tapinha na costa de Carolina e disse:
– Não fique triste, é melhor descobrir a verdade sobre esse tipo de canalha o mais rápido possível. Você
encontrará um homem muito melhor no futuro.
Os olhos de Carolina estavam inchados de tanto chorar, mas ela ainda estendeu a mão para pegar a
garrafa de vinho na mão de Renata.
Dé-me o vinho! Eu quero beber… – Disse Carolina.
Renata colocou a garrafa de lado:
Não beba mais, você já está embriagada. Vou levá-la para casa.
Não, eu não estou bêbada! Eu ainda quero beber! – Disse Carolina.
Renata não queria discutir com uma pessoa embriagada, então ela simplesmente pegou Carolina nos
ombros e a levou embora.
Depois de deixar Carolina em casa, Renata estava prestes a sair quando percebeu que seu celular estava desaparecido. Ela se lembrou de tê-lo deixado na sala privada de clube.
Carolina voltou para o clube, já pa*sava das onze da noite, e foi direto para a sala privada. Assim que
Renata estreitou os olhos e foi até o homem:
Desculpe, Sr., o celular em suas mãos é meu. Você poderia devolvê-lo?
Ao ver Renata, todos na sala pararam e a observaram com olhares de expectativa. Parecia que essa
mulher não conhecia Pedro, senão ela não ousaria ser tão arrogante.
Pedro deu uma olhada no rosto de Renata e ficou surpreso, pois ela era muito mais bonita do que as
mulheres comuns que ele costumava ver. Ele a olhou com um olhar malicioso e disse em um tom
afetado:
Garota bonita, você tem alguma prova de que este celular é seu?
Renata pacientemente respondeu:
-Eu posso desbloquear esse celular.
Pedro riu levemente e a*sentiu:
-Certo, se você conseguir desbloqueá-lo, vou considerar que é seu. Mas, por enquanto, o celular está
comigo, então você precisa me dar algo em troca se quiser tê-lo de volta..
-0
que você quer em troca? – Perguntou Renata.
É simples, beba esses três copos de bebida na sua frente, então eu devolverei o celular. -Respondeu
Pedro.
Renata olhou para os copos de bebida na mesa por um momento:
– Você está falando sério?
– Claro. – Disse Pedro
– Está bem. – Disse ela.
Renata pegou o copo à sua frente e bebeu os três de uma vez, depois colocou o copo na mesa e olhou
para Pedro:
– Agora você pode me devolver o celular, por favor?
Pedro sorriu e entregou o celular para Renata.
–
Obrigada. Disse Renata.
Renata se virou e saiu diretamente do local, enquanto as pessoas na sala privada trocavam olhares,
N
Observando a figura de Renata se afastando, um sorriso de satisfação se formou nos lábios de Pedro,
enquanto ele se dirigia aos que estavam ao seu lado e dizia:
Encontrem duas pessoas para segui-la e levem-na diretamente para o meu quarto.
Logo após sair da sala privada, Renata percebeu que algo estava errado. Havia uma sensação.
indescritivel de calor percorrendo seu corpo, tornando difícil ficar de pé.
Ela se apoiou na parede, prestes a sair rapidamente dali, quando de repente ouviu uma voz atrás de si.
Ali está ela! Peguem-na imediatamente!
